Ter orelhinhas de “Dumbo” não é nada charmoso, especialmente em crianças que podem sofrer preconceitos e piadas na escola. As orelhas de abano são um problema, principalmente na infância e na adolescência. Mas essa deformação na orelha pode ser resolvida com a Otoplastia, cirurgia que corrige imperfeições da cartilagem das orelhas, diminuindo o aspecto de abano e proporcionando aparência mais natural à estética facial.
Segundo o cirurgião plástico Fábio Malzone (CRM 63974), a cirurgia é indicada logo na infância, na fase escolar que é quando a criança é mais atingida pela gozação dos coleguinhas. “Nessa idade a criança já tem uma noção sobre as características das suas orelhas. Os pais devem conversar e explicar o motivo da cirurgia para que a criança esteja ciente sobre a importância que a Otoplastia pode ter em sua vida”, explica.
A orelha em abano é uma deformidade que pode afetar não só a estética como o psicológico. “O adolescente que convive com esse problema frequentemente esconde suas orelhas através do cabelo ou do uso de acessórios, como boné ou chapéu, e fazem de tudo para disfarçá-las. Além disso, o paciente evita se olhar no espelho por não se aceitar, o que contribui para a baixa autoestima”, afirma Malzone.
A orelha cresce aproximadamente até os seis anos de idade e a partir dessa faixa etária já é possível fazer a otoplastia.
Como é feita a cirurgia?
As incisões são feitas na parte posterior da concha para que a cicatriz fique escondida. A manipulação da cartilagem da orelha também é feita por trás, cortando e depois dando pontos de uma forma que não será percebido externamente. “Como se trata de uma região onde a pele é muito fica, a cicatriz fica praticamente invisível”, disse o cirurgião plástico.
Geralmente, em crianças o procedimento consiste de uma anestesia geral e para o adulto, anestesia local. O ato cirúrgico tende a durar por 90 minutos, caso não ocorra nenhuma complicação.
Como a orelha fica depois da Otoplastia?
No pós-operatório pode ser que ocorra um inchaço e equimose (roxidão) moderados na orelha durante os primeiros 21 dias. “A criança pode reclamar um pouco da sensação de latejamento, que é muito comum, principalmente em dias quentes. Mas com o tempo a dor tende a sumir”, ressalta Malzone.
Em torno 15° dia são retirados os pontos e o paciente deve seguir algumas recomendações para garantir o sucesso da operação.
“É importante que os pais mantenham uma atenção redobrada no pós-operatório. A criança deve evitar nesse período dormir de lado pelo menos nos primeiros 45 dias e tomar cuidado com qualquer posição que provoque uma pressão na orelha. É recomendado, inclusive, usar uma faixa como bandana”, aconselha Fábio.
Há risco da “orelha de abano” voltar depois da cirurgia?
Se todos os cuidados forem mantidos no pós-operatório, o resultado será definitivo. “A cicatriz leva dois meses para cicatrizar e nesse período é importante ter cuidado redobrado para que a orelha não sofra nenhuma alteração ou trauma, o que pode fazer com que se perca o efeito da cirurgia”, alerta Malzone.
Fonte - Cirurgião Plástico Fábio Malzone (CRM – 63974).
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