O aparelho em que o exame é realizado chama-se mamógrafo. A
diferença entre os dois exames, basicamente é a precisão que a mamografia 3D
permite ter.
Um estudo publicado no Journal of the American Medical
Association (Jama) apontou a técnica em 3D como a melhor para diagnosticar o
câncer de mama. O método reduz o número de diagnósticos equivocados em 15% e
aumenta os índices de detecção da doença em 41%. “A 3D reduz os efeitos da
sobreposição de tecido mamário denso na descoberta do câncer decorrentes de
resultados falso-positivos. Assim, diminui as repetições do exame e o número de
biópsias”, pontua Leandro Ramos, oncologista da Oncomed (BH).
A estimativa de novos casos, para 2014, é de 57.120 segundo
o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A instituição ainda calcula 56,1 casos a
cada 100 mil mulheres. Apesar desses números, a descoberta do problema, logo no
início, eleva as chances de cura.
Na lista de exames preventivos está a mamografia, uma
radiografia que, com uma dose baixa de radiação, detecta até tumores pequenos.
“A radiação eletromagnética atua sobre a mama e produz nuances de tons de cinza
decorrentes das diferentes densidades do parênquima (tecido principal) mamário:
onde a imagem é escura significa que o tecido é hipodenso (gordura); onde é
branca, é hiperdenso (onde o câncer pode ser detectado)”, diz Lucy Kerr,
ultrassonografista.
Passo a passo da
captação da imagem
Os exames tradicional e o 3D são exatamente iguais: a mama é
posicionada entre as duas chapas de raio-X, que achatam os seios. Esse processo
é necessário para que o tecido mamário seja difundido, o que propicia uma boa
visão do local:
1 - O aparelho em que o exame é realizado chama-se
mamógrafo.
2 - A paciente deve posicionar a mama sobre uma das placas
de compressão feitas de acrílico. A outra comprimirá o seio para melhor
visualização do tecido mamário e impedirá que a imagem fique borrada.
3 - O seio é analisado em dois ângulos diferentes, definidos
pela incidência da radiografia: posições lateral e craniocaudal (indica que irá
em direção da cabeça aos pés).
Prevenção
O autoexame é importante, mas a mamografia é fundamental. Em
casos de histórico familiar ou encaixe no grupo de risco, é recomendado a
partir dos 35 anos; em condições normais, a partir dos 40 anos.
Nas duas mamografias são analisados a pele, a gordura, o
tecido glandular e as axilas.
A possível visão por
camadas
As modalidades do exame são bem similares em relação ao
equipamento usado, a curta duração e ao posicionamento da paciente durante o
exame são o diferencial. Mas a 3D possibilita ver camadas mais finas da mama. A
técnica permite obter múltiplas imagens “de cada uma das ‘fatias’ da mama,
reduz a sobreposição das diversas estruturas intramamárias e facilita a
visualização”, diz Elvira Ferreira Marques, radiologista e diretora do Serviço
de Mamografia do A. C. Camargo Cancer Center (SP).
O preço médio da 3D é de - R$400,00, já a convencional - R$300,00.
Estruturas analisadas
Ainda que o método 3D permita analisar camadas mais finas,
as estruturas captadas pelos exames são as mesmas. Não há diferença em área de
abrangência entre as duas modalidades. Em ambas são analisados: a pele, a
gordura, o tecido glandular e as axilas.