O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de
cirurgias plásticas – só perde para os EUA. Segundo pesquisa do Ibope
encomendada pela coordenação do XI Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica,
no ano de 2009 foram realizadas no Brasil 645.464 cirurgias plásticas, sendo
443.145 cirurgias estéticas (69%) e 202.319 cirurgias reparadoras (31%). Ou
seja, 1768 cirurgias por dia.
Dentre as intervenções, 526.247 (82%) são realizadas em
pessoas do sexo feminino. Sendo que os procedimentos mais requisitados pelas
mulheres são: cirurgia de mama (19% / 98.699), lipoaspiração associada à outras
cirurgias (17% / 86.925) e abdômen (16% / 84.478). Em seguida vem a
lipoaspiração isolada (12% / 64.001), pálpebras (10% / 53.923), plástica de
face em geral (9% / 49.794), nariz (8%/ 43.108), orelhas (5% / 25.189), pescoço
(3% / 15.945) e implante capilar (1% / 41.84).Sendo assim, as cirurgias de mama
e lipoaspiração continuam liderando o ranking das plásticas mais realizadas.
Já no que diz respeito ao universo masculino, a pesquisa
constatou que em 2009 foram 119.217 cirurgias, ou seja, os homens correspondem
a uma fatia de 18% dos procedimentos cirúrgicos. As cirurgias mais realizadas
são: pálpebras (16% / 119.217), lipoaspiração isolada (13% / 15.458), face em
geral (13% / 15.027), nariz (13% / 15.778) e orelha (11% / 12.622). Seguido das anteriores estão lipoaspiração
associada a outros procedimentos cirúrgicos (9% / 11.149), abdômen (8% /
9.689), implante capilar (7% / 8.730), peitoral – silicone no tórax (6% / 7.062)
e pescoço em geral (4% / 4.587).
Do número total de implantes de silicone 99% são
utilizados em das pessoas do sexo feminino e 1% do sexo masculino. Das 156.918
mulheres que colocaram próteses, 91% (143.253) foram nas mamas, 5% (7.771) nos
glúteos, 2% (3.420) no queixo e 1% (2.238) nas panturrilhas. Em homens, a
maioria das 1.793 próteses de silicone foram implantadas no peitoral (46% /
820), no queixo (21% / 375), nos glúteos (18% / 320), nas panturrilhas (8% /
139), nos bíceps (5% / 97) e tríceps (2% / 42).
As cirurgias de mamas, em sua maior parte, são de cunho
estético, atingindo a marca de 91%, já as reparadoras correspondem a 9%. “A
média desses implantes é de 275 mililitros, sendo o de 300 mililitros o mais
utilizado (20%)”, afirma o cirurgião plástico Ewaldo Bolivar de Souza Pinto,
que, ao lado do cirurgião plástico Carlos Oscar Uebel, coordenou o XI Simpósio
Internacional de Cirurgia Plástica, que aconteceu em março de 2010, em São
Paulo.
Se nos anos 80 a maioria das cirurgias ainda eram
reparadoras, a vontade de aumentar as mamas já existia e a prótese mais
utilizada era a de 100 ml a no máximo 150 ml de silicone. Já no decorrer da
década de 90 a procura pela prótese teve um crescimento significativo e a
quantidade de silicone implantado passou a ser de 180 ml a 210 ml. Agora, nos
anos 2000, a década começou com próteses de 235 ml e, nos últimos dois anos, as
mais procuradas foram de 300 ml.
– Hoje, o tamanho da prótese aumentou proporcionalmente a
vontade de colocá-la –, comenta Bolivar, que é presidente da Comissão de
Ciência e Segurança da Cirurgia Plástica da SBCP (Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica).
A maioria dos procedimentos cirúrgicos é de caráter
privado, executados em hospitais particulares ou clínicas (88%), enquanto
apenas 12% em hospitais públicos, via SUS.
A região do Brasil que mais se submete à cirurgia plástica estética é a
Sudeste (64%). Em seguida vem a Sul (16%), o Nordeste (10%), o Centro-Oeste
(8%) e o Norte (10%).
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