Chega um momento em que a dieta e os
exercícios físicos não dão mais um resultado satisfatório, levando muitas
pessoas a optar por fazer a cirurgia bariátrica, que consiste na redução de
estômago. Mas o que muitas pessoas ainda não sabem é que essa cirurgia tem um
risco elevado e os médicos recomendam apenas para casos mais extremos, ou seja,
não é qualquer um que pode passar por uma cirurgia de redução de estômago.
Segundo o cirurgião plástico Fábio
Malzone (CRM- 63974), a cirurgia é indicada nos casos em que a pessoa apresenta
um valor de IMC (Índice Massa Corporal) entre 35 e 40 e doenças como diabete,
hipertensão ou apneia. “Quando o IMC atinge valores superiores a 40 kg/m² e as
atividades físicas não causam efeito, é necessária uma intervenção médica como
a cirurgia bariátrica”, explica.
Antes de optar pela cirurgia, o médico
recomenda que o paciente tente primeiro perder peso com a mudança de hábitos
alimentares e exercícios físicos por, pelo menos, dois anos. Caso não consiga,
ele deve ir ao médico para avaliar se tem os requisitos para fazer a cirurgia.
“Além de perder peso, a cirurgia também pode evitar o agravamento de doenças
como hipertensão, diabetes e disfunções respiratórias”, afirma o cirurgião
plástico.
Fábio ainda complementa que a cirurgia
não tem fins estéticos e visa devolver a qualidade de vida ao paciente. “A
bariátrica só deve ser feita quando o paciente não consegue perder peso sozinho
e corre risco de morte devido à obesidade”, revela.
Existe mais de um tipo de cirurgia
bariátrica?
O procedimento cirúrgico está dividido
em dois tipos. No primeiro, existem três variações denominadas de banda
vertical, gastroplastia vertical, gastroplastia
vertical com by-pass em y de Roux. E o segundo é a cirurgia
disabsortiva, chamada de cirurgia de Scopinaro. “A escolha da técnica a ser
usada é do médico e não do paciente. Somente o especialista pode decidir qual
procedimento é indicado para cada caso. Por exemplo, um paciente que precisa
perder muito peso deve ser submetido ao tipo de cirurgia bariátrica mais
invasivo, pois ele resulta em uma perda maior da porcentagem de peso”, disse.
Pacientes que apresentam cirrose
hepática, doenças renais e psiquiátricas graves, vícios (droga ou alcoolismo) e
disfunções hormonais são contraindicados para realização da cirurgia de redução
de estômago.
Reeducação alimentar e atividade
física
Os pacientes que passam por uma
cirurgia bariátrica necessitam de uma orientação nutricional para mudar seus
hábitos alimentares e seguir uma dieta rica em proteínas, vitamina B12 e ferro.
“Após a cirurgia, o paciente tende a perder de 8 a 10 quilos nos primeiros
meses, chegando a 25 a 50 quilos de redução em alguns casos. Existe ainda o uso
de balão gástrico em que há menos riscos, mas é somente para redução de 10 a 25
quilos e deve ser escolhido para casos menores ou quando se tem que reduzir um
peso excessivo para depois se indicar a cirurgia bariátrica definitiva, pode
ocorrer aproximadamente de 10 a 15% desses pacientes, depois de alguns anos,
recupera todo o peso perdido na cirurgia, retornando ao peso inicial. Para
evitar que isso aconteça é preciso manter cuidados especiais com a alimentação
depois da cirurgia”, alerta Malzone.
O paciente deve não só cuidar da
alimentação como também fazer atividade física. “A prática regular de atividade
física é importantíssima no processo de eliminação de peso depois da cirurgia,
assim como no processo de manutenção de peso”, ressalta o cirurgião plástico.
Lembrando que o acompanhamento de
nutricionistas, psicólogos e médicos deve permanecer em longo prazo, sendo
essencial para garantir que os resultados sejam alcançados e mantidos por toda
a vida.
Fonte- Cirurgião Plástico Fábio
Malzone (CRM: 63974)
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