segunda-feira, 1 de junho de 2015

22 fatos para encarar antes do bisturi


Antes de se submeter a uma cirurgia, é preciso estar absolutamente segura do que você deseja, conhecer as reais possibilidades que ela oferece, confiar no médico e ter em mente que plástica envolve riscos. Veja os principais pontos que você precisa conhecer para não entrar desavisada nesta história.

1 – O MÉDICO DEVE SER REALISTA
É importante que o profissional tenha experiência para estar ciente das reais possibilidades de cada técnica de cirurgia plástica. “Ele deve conversar com a paciente sobre as limitações do procedimento e até onde ele poderá chegar para mudar o visual da região operada. Essa conversa deve ser bastante realista, para que as expectativas sejam adequadas”, avisa o cirurgião plástico Gustavo Merheb (RJ). E como cada técnica possui limitações de execução e efeito, o cirurgião plástico André Eyler (RJ) alerta: “Não se pode esperar milagre em cirurgia. Assim, a consulta com o médico é fundamental para se equiparar a expectativa do paciente com as possibilidades de resultado.” Então, mantenha os pés no chão e nada de esperar resultados impossíveis, ok!

2 – NÃO PODE HAVER SEGREDOS
É imprescindível estar preparada para tudo o que pode acontecer na operação proposta. “Existe mais de uma técnica disponível para a mesma indicação. É o cirurgião que optará pelo método que, baseado na sua experiência, dará os melhores resultados em cada caso”, diz o cirurgião plástico Ricardo Cansanção, da Clínica Dicorp (RJ). Procure esclarecer todas as dúvidas, mesmo que sejam necessários vários encontros com o médico. “Dessa forma, não se criam falsas expectativas e evitam-se possíveis decepções com os resultados finais”, fala o cirurgião plástico Rodrigo Otávio Carbone (SP).

3 – O CORPO TEM LIMITES
“Toda cirurgia tem como princípio preservar a função e a sensibilidade do órgão ou região trabalhada, ou seja, não se pode deixar uma pessoa com um nariz lindo, mas com dificuldade de respirar… É preciso respeitar os limites do corpo, da anatomia, do que é normal, saudável, e lógico, do bom senso”, afirma o cirurgião plástico Dr. Ricardo Cansanção.

4 – NADA DE RADICALISMO
Vale sempre lembrar que não é possível fazer uma mudança radical por meio de plástica. O procedimento ajuda no contorno corporal e na correção de pequenas imperfeições. “O médico não deve vender uma falsa expectativa, para não causar a frustração do paciente”, orienta o cirurgião plástico Alexandre Barbosa (SP). Lembre-se: cirurgia plástica é ciência e não arte. A principal finalidade do especialista é promover a saúde e a qualidade de vida do paciente, e isso inclui os procedimentos estéticos.

5 – SONHOS POSSÍVEIS
O cirurgião tem que ter noção das suas limitações e não ter vergonha de dizer para o paciente o que ele pode ou não realizar dentro dos limites de cada técnica e também do organismo e o físico de cada pessoa. “Nem sempre, o que o paciente deseja e sonha é possível. Por exemplo: por mais que uma mulher com quadris largos e coxas grossas queira ter um visual igual ao da Gisele Bündchen com a ajuda da lipoaspiração, isso não será possível – por melhor que seja o cirurgião plástico. A estrutura óssea da paciente não condiz com o visual que ela imagina para si”, avisa o Dr. Rodrigo Otávio Carbone.

6 – TUDO TEM LIMITES
O Dr. Gustavo Merheb lembra que o corpo tem limites. E cada indivíduo tem o seu. “Nós nunca devemos chegar perto dessa linha – e não precisamos fazê-lo para obtermos excelentes resultados”, explica o especialista.

7 – CABEÇA BOA
Além da questão física é importante avaliar o lado psicológico. É preciso estar pronto para as mudanças que uma plástica trará na aparência. Em caso de insegurança, é recomendado conversar com um psicólogo. A maior parte das clínicas conta com a assessoria desse profissional. “A cirurgia plástica proporciona ao indivíduo equilíbrio com sua própria imagem e com o universo que o cerca. Mas não é uma transformação de vida. A melhora da autoimagem faz melhorar a autoestima. Mas é preciso limitar as expectativas, sempre”, indica o Dr. Ricardo Cansanção.

8 – SEGURANÇA É TUDO
Toda técnica tem regras. Numa lipoaspiração, por exemplo, o médico não pode remover mais do que cerca de 7% do peso corporal do paciente devido ao risco de grande perda de líquidos e de sangue, o que tornaria a cirurgia perigosa.

9 – A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES DE ROTINA
Antes da cirurgia, é fundamental que o médico faça um rastreamento da saúde geral do paciente, por meio de exames de sangue, raio-x de tórax, eletrocardiograma, e avalie os riscos cirúrgicos, por meio do histórico individual. “O paciente também é responsável pela sua segurança, e não deve omitir qualquer sintoma prévio, evitar medicamentos que interagem com os anestésicos, fazer todos os exames solicitados e seguir à risca as orientações do seu médico”, pede o Dr. Ricardo Cansanção. E é bom lembrar: não é possível ter absoluta certeza da formação de queloides. “Eles podem acontecer em pessoas que já tem um histórico, por isso a conversa antes da cirurgia é importante. O paciente precisa ser franco com o médico e dizer se já percebeu que sua cicatrização é ruim ou não. Peles negras têm mais disposição para queloides, porém, tudo depende do histórico”, diz o Dr. Alexandre Barbosa.

10 – A IDADE PESA
Quanto mais velho o paciente, maiores os seus riscos de complicações e menos invasivos devem ser os procedimentos. “Não podemos esquecer que a cirurgia é uma agressão ao corpo, onde há perda de sangue e líquidos. Por isso, é importante tomar cuidado com cirurgias associadas e não ter pressa para obter resultados. É preciso ter consciência de que se for necessária mais de uma internação para realizar todos os procedimentos desejados, não há problema, isso pode ser feito dentro dos intervalos recomendados. Lembre-se sempre: a pressa é inimiga da perfeição”, ensina o Dr. Rodrigo Otávio Carbone.

11 – A ESTRUTURA É FUNDAMENTAL
A operação deve ser realizada em local adequado e compatível com o procedimento proposto, geralmente num hospital ou clínica que preencha todos os quesitos de segurança. “Uma cirurgia plástica nunca deve ser feita em um consultório. Há necessidade de uma equipe completa e de qualidade, composta por anestesistas, auxiliares e instrumentadores, presente no ambiente cirúrgico. E a cirurgia só pode ser realizada por um médico habilitado para tal”, ressalta o cirurgião plástico Dr. Gustavo Merheb.

12 – RISCOS EXISTEM
“Todo procedimento cirúrgico está sujeito a risco, e com a cirurgia plástica não é diferente. O que devemos ressaltar é que o paciente procure sempre um médico de confiança e que siga à risca o pós-cirúrgico, pois é um período importante, onde é proibido fazer esforço físico e há privações”, conta Alexandre Barbosa. “Só se deve indicar a cirurgia estética quando o risco para o paciente é mínimo”, complementa o Dr. André Eyler. O médico, no entanto, lembra: “não existe risco zero. Estatisticamente é mais perigoso andar de automóvel do que se submeter a uma cirurgia plástica, dentro de condições adequadas, é claro”.

13 – É PRECISO PENSAR NO DEPOIS
Prepare-se para o pós-operatório. Fatores como dor e desconforto, por exemplo, variam para cada tipo de operação ou associação cirúrgica. “O que mais percebo lidando com meus pacientes é que a dor é mínima ou inexistente. Mas uma queixa constante é o desconforto. Neste período, existem algumas restrições de movimento e os pacientes estão inchados. A grande ansiedade, percebo, está ligada ao retorno às atividades físicas e ao trabalho. Mas, em geral, em 30 dias, no máximo, tudo volta ao normal”, fala o Dr. Gustavo Merheb.

14 – LIDANDO COM A ANSIEDADE
“Lidar com a ânsia de ver o resultado definitivo, que pode levar semanas ou meses para aparecer, acaba sendo a maior dificuldade para as pacientes. É preciso se controlar e seguir as orientações médicas”, alerta o Dr. Ricardo Cansanção.

15 – PACIÊNCIA PARA RECOMEÇAR
“Restrições como não realizar atividade física por pelo menos 45 dias (dependendo da cirurgia), não dirigir, dormir de barriga para cima, usar cinta elástica… São pequenas atitudes que parecem simples, mas só depois da operação é que o paciente sente na pele o quanto podem ser difíceis, por isso é importante estar ciente de tudo o que virá. Outro fato que alguns médicos esquecem de comentar com o paciente é o incômodo do primeiro banho após a operação: como ele ainda está um pouco enfraquecido por causa da perda de sangue, a pressão tende a cair”, revela o Dr. Rodrigo Otávio Carbone.

16 – INCÔMODO & CIA
No pós-operatório, além de desconforto, equimoses e edemas podem surgir. O excesso de calor também é uma dificuldade a ser vencida, pois com o uso da cinta, o paciente poderá se sentir desconfortável. Os curativos também são um capítulo à parte, já que devem ser trocados a cada dois dias.

17 – CONFIANÇA É A BASE
Saiba exatamente o que quer mudar no seu visual e porque quer fazer essa mudança! E sempre procure um médico que esteja habilitado para realizar o procedimento escolhido. A confiança será construída a partir daí, da relação que será desenvolvida entre paciente e especialista. “Caso você não sinta a confiança necessária no seu médico, procure outro, até achar um que lhe ajude a se sentir seguro”, fala o cirurgião plástico Dr. Gustavo Merheb. Afinal de contas, você estará colocando sua vida nas mãos da equipe deste profissional. Confiança e segurança andam juntas!

18 – DE OLHO NA BELEZA… E NA SAÚDE
“Não se submeta a uma cirurgia à toa. Ela deve ser parte de uma necessidade. Não existe cirurgia plástica puramente estética. Toda cirurgia tem uma função reparadora e de promoção de saúde e bem-estar. O principal fator de confiança é sentir segurança na equipe médica. O paciente deve procurar um cirurgião que ele confie, e não o que cobra mais barato”, diz o cirurgião plástico Dr. André Eyler.

19 – SEM MEDO DA ANESTESIA
O cirurgião plástico Ricardo Cansanção afirma que todo tipo de anestesia hoje oferece segurança, desde que seja aplicada por um médico anestesiologista, em ambiente hospitalar. “Tirar as dúvidas sobre o procedimento é importante, bem como conhecer a equipe e fazer a consulta pré-anestésica”. O cirurgião plástico Rodrigo Otávio Carbone concorda: “a anestesia, apesar de despertar grande receio por parte dos pacientes, não deve oferecer grande temor. O anestesista da equipe avaliará o paciente antes para que, em conjunto com ele, decidam qual a melhor técnica a ser utilizada (geral, peridural, sedação) e informar todos os procedimentos que serão feitos.” Em geral, é utilizado um pré-anestésico que irá fazer o paciente relaxar, amenizando a ansiedade pré-cirúrgica.

20 – UM BOM ESPECIALISTA
Ao escolher um médico, leve em consideração dicas de amigos e o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br). “A empatia que será desenvolvida com o profissional depende de uma série de fatores. Isso não irá garantir perfeição ou risco zero, mas é a melhor e mais segura forma de se começar!“ aconselha André Eyler. O Dr. Ricardo Cansanção concorda e acrescenta: “procure um médico por indicação, sempre. Nunca escolha por preço, nem caia nas tentações das novidades da moda”.

21 – CONTROLE SEU CALENDÁRIO
Submeter-se a uma cirurgia plástica envolve muito mais do que a escolha do médico e o pós-operatório em si. Após o procedimento, você deverá ficar em casa de repouso para não colocar em risco o resultado da sua plástica e ficar com cicatrizes disformes. Por isso, antes de marcar a data, converse com seu médico para saber qual o período que deverá ficar afastada das suas responsabilidades e agende suas férias.

22 – TUDO ISSO VALE A PENA
A partir do momento em que todos os pré-requisitos foram preenchidos, já houve tempo suficiente para conhecer os detalhes, para adequar as expectativas, estando os exames checados, as dúvidas esgotadas, nada impede que você venha a ser submetida ao procedimento! E que fique absolutamente feliz com ele.
Por Carmen Cagnoni



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