Turbinar os seios com o implante de silicone exige muitos
cuidados por ser um procedimento cirúrgico que envolve anestesia. Mas a euforia
é tanta que muitas mulheres só estão interessadas em escolher o tamanho dos
novos seios e marcar a cirurgia logo, não se importando em fazer exames e muito
menos em saber se o cirurgião faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica.
Para que a sua cirurgia seja um sucesso é importante ter
precauções necessárias, como a escolha de um bom médico e de uma clínica de
confiança, dessa forma é possível diminuir os riscos da cirurgia. O primeiro
passo para quem deseja colocar silicone é procurar por um cirurgião plástico e
seguir todas suas orientações. O paciente deverá passar por uma avaliação, onde
o médico vai analisar se você tem predisposição a algum risco e se apresenta
condições físicas para enfrentá-los.
Veja quais são esses riscos:
1. Rejeição da prótese
A rejeição da prótese não é mito e pode acontecer sim,
principalmente quando há formação de uma membrana em volta do silicone - essa
capa é formada com a função de expulsar o corpo estranho. Essa cápsula pode
inicialmente contrair-se e endurecer o local podendo levar a dor e a
deformidade das mamas, chegando até a reabrir os pontos e expulsar a prótese.
2. Rompimento da prótese
Caso ocorra o rompimento da prótese, a viscosidade do
silicone impede que ele se espalhe no organismo e o gel fica retido na prótese.
O risco de rompimento pode ocorrer durante a própria cirurgia ou na realização
do exame de mamografia mesmo sendo um evento raro, normalmente as
distribuidoras e fabricantes dos implantes se responsabilizam com uma garantia,
dando uma nova peça ou par para substituição. A contratura seguida ou não de
rejeição pode ocorrer em 2 a 3% dos casos e na maioria das vezes não tem
relação com a técnica utilizada pelo cirurgião e nem com a qualidade das
próteses. No Brasil, houve recentemente um nivelamento em relação à qualidade
das próteses e hoje elas são certificadas pelo INMETRO e pela ANVISA.
3. Abertura da incisão cirúrgica
Surgimento de infecção, fumo, ausência de alimentação
balanceada ou subnutrição e tensão exagerada podem contribuir para que ocorra a
abertura da incisão.
4. Falta de sensibilidade
Como a cirurgia consiste na abertura da pele para a implantação
do silicone, nesse momento pode ocorrer à ruptura de nervos e alteração na
sensibilidade. Entretanto, na maioria dos casos essa condição tende voltar ao
normal.
5. Dor contínua após o implante
O incômodo após a cirurgia de silicone é comum, principalmente
se o procedimento foi feito por via submuscular. Esse método dói muito, mas ele
é indicado para mulheres muito magras e com pouco tecido glandular. O inchaço também pode ocorrer, mas tende a
melhorar após um mês de cirurgia, caso a dor e o inchaço permaneça, procure o
seu médico o mais rápido possível.
Fonte- Cirurgião Plástico Fábio Malzone (CRM – 63974)
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